IRMÃOS
NECESSITADOS
É preciso
compreender - mas compreender substancialmente - que nem todo mendigo é aquele
que te requisita socorro material. Muito mais que os irmãos em penúria do
corpo, solicitam-te amparo aqueles outros companheiros em aflição ou
desvalimento, na vida íntima, a te pedirem apoio e consolação.
Muita vez, alcançam-te a esfera pessoal
expectantes ou irritadiços, ansiosos ou arrogantes, qual se de coisa alguma
necessitassem. Entretanto, é preciso estender-lhes o verbo amigo para que se
habilitem à paz e ao refazimento.
Acolhe-os, pois, no clima da própria alma e
dá-lhes do que puderes em fraternidade e ternura para que se restaurem.
Justo entender que, de maneira geral,
quantos nos rogam orientação e conselho, no imo de si mesmos já sabem, à
saciedade, o que lhes compete fazer.
Se cansados, não desconhecem que a fadiga
não se lhes extinguirá num toque de mágica; se enfermos, estão cientes de que
precisarão de remédio; se desiludidos, conhecem as farpas de angústia que lhes
atormentam o coração, farpas essas que é imperioso retirar e esquecer; se
carregam remorso, não ignoram que a dor da culpa não se lhes desaparecerá da
consciência lesada, assim como por encanto.
O que semelhantes irmãos necessitados
esperam de nós, quase sempre, é um tanto mais de força, afim de que possam
seguir adiante.
Compadece-te de quantos te procuram,
mergulhados em dúvida ou desespero.
Eles não aguardam de nós um milagre, cuja
existência não admitem.
Procuram simplesmente a caridade de uma
palavra compreensiva ou um gesto de paz que lhes propiciem renovação e bom
ânimo.
Em suma, aspiram tão somente, a saber, que
não se encontram sozinhos e de que Deus, por intermédio de alguém, não lhes
terá esquecido as necessidades do coração.
Livro: Rumo Certo, lição 35 – Médium: Chico
Xavier – Espírito: Emmanuel.
Fonte da imagem: Internet Google.
POSTADO POR MARLENE DE GOES